Novas versões do Vidro Opacado Eletronicamente tentam conquistar o mercado

Não se discute que eles são até hoje o que há de mais sofisticado em vidros para construção ou decoração. Sucesso em feiras e eventos, na prática, porém, esbarraram até o momento na questão do preço

A Revista Tecnologia & Vidro denomina “Vidros Opacados Eletronicamente” o sistema no qual os laminados perdem ou ganham opacidade imediatamente, ao simples apertar de um botão. Esse vidro com controle de transparência é uma solução para divisão de ambientes que possibilita bloquear ou permitir a visão através do vidro. Graças a sua avançada tecnologia, que combina eletricidade e cristal líquido, o vidro passa do estado transparente ao opaco com um simples acionamento, eliminando a necessidade do uso de persianas.

Os fabricantes, porém, adotam nomes mais comerciais ou vendáveis. A Vidraçaria Paris (RJ), por exemplo, adotou o nome Liquid Glass; o Eurocentro (SP), adotou o nome Polyvision; e a extinta Santa Marina Vitrage, SGG-Priva Lite.

Desses três fabricantes que ofereciam o produto em 2004, somente o Eurocentro continuou com a oferta. Na verdade, apesar de fazerem muito sucesso em feiras e eventos, na hora de fechar o projeto o consumidor acabava optando por alguma opção em vidro mais econômica.

Duas empresas paulistas, entretanto, estão relançando essa tecnologia apostando que chegou o momento desse produto conquistar definitivamente o mercado: PKO e Fanavid.

A PKO apresentou a novidade na feira Glass South America 2010, realizada em abril. O nome do produto lançado é Privacy Glass e passa a ser oferecido na dimensão máxima de até 1,5 m x 3 metros. O filme de cristal líquido embutido entre as chapas é importado pela PKO, que faz a laminação com EVA e comercializa o produto ao preço aproximado de R$ 2,5 mil o metro quadrado para as vidraçarias que estão sendo cadastradas como revendedoras. Para o consumidor final esse preço deverá ser maior, entre R$ 6 mil e R$ 10 mil.

A Fanavid, por sua vez, adotou o nome “Vidros com Controle de Transparência” e, como novidade, oferece o produto também nas cores bronze, cinza e verde,è além da inédita versão em vidros curvos. Disponível nas espessuras de 11, 12 ou 14 mm – e com dimensões que variam de 305 por 405 mm a 2800 mm x 1000 mm. O preço do metro quadrado para o consumidor final será de US$ 3,2 mil.

Como funciona

Os vidros com controle de transparência são montados com duas chapas de vidro laminado, entre as quais é colocado um filme composto por cristais líquidos (LCD) onde atua um campo de eletricidade. Se a corrente elétrica estiver desligada, os cristais líquidos ficam desalinhados, impedindo a passagem de luz, o que o torna translúcido. Se estiver ligada, os cristais orientam-se e alinham-se, tornando o vidro transparente imediatamente.

O vidro com controle de transparência pode ser utilizado para criar situações cênicas em casas, apartamentos e hotéis, onde é ideal para dividir o dormitório e a área do banheiro que inclui a banheira. A solução também pode ser adotada em espaços comerciais, nas áreas que exigem um controle visual das atividades, como salas de reuniões e recepção. A tecnologia tem baixo consumo de energia, menor do que 5W/m2, e permite diversos efeitos visuais decorativos na alternância dos estados translúcido e transparente. No estado translúcido, aliás, o vidro funciona como uma excelente tela de vídeo para retroprojetores ou projetores multimídia.

PKO e Fanavid

A PKO do Brasil funciona numa área total de 20 mil metros quadrados no município de Mogi das Cruzes, a 55 quilômetros de São Paulo. Em duas unidades, atua na distribuição e beneficiamento de vidros, incluindo têmpera em forno horizontal e laminação tanto em PVB quanto em EVA.

Localizada em Guarulhos, ao lado da Via Dutra, a Fanavid adquiriu em 2007 as operações da Santa Marina Vitrage. No ano de 2010, a fabricante consolida finalmente esta compra com a definitiva incorporação da marca Fanavid a todos os vidros produzidos na fábrica.

Presente no mercado de vidros automotivos desde 1963, a empresa investirá ainda em 2010 um valor equivalente a 15% de seu faturamento para adquirir equipamentos e desenvolver novos produtos. Em outubro, a empresa também planeja inaugurar um showroom no principal polo paulista do setor de decoração de interiores: a Alameda Gabriel Monteiro da Silva.

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