Panorama do vidro no Brasil

Abividro divulga dados sobre o mercado de vidros no Brasil: para os próximos anos, a previsão é que o setor vidreiro acompanhe o PIB brasileiro

A Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro) apontou uma queda no índice de aumento do mercado vidreiro em relação aos últimos anos.

Em 2010, a associação registrou um aumento de 19% no mercado, em 2011, entretanto, a taxa de crescimento caiu para 10%, e para os próximos anos, esse número deve ser reduzido. Isso, segundo a Abividro, é normal, pois em 2010 houve um crescimento acima do esperado.
Agora, o mercado está se acomodando, e a perspectiva dos fabricantes é que ele continue assim nos próximos anos.

Desde 2002 as companhias associadas deixaram de divulgar a produção real através da entidade, apenas as projeções de consumo. Com essa limitação, os dados estatísticos da Abividro revelam que, em 2011, o país teria uma capacidade para absorver 1.100.000 toneladas de vidro. Já, para os próximos quatro anos, a expectativa é que o mercado brasileiro acompanhe o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que deve ficar entre 3 e 4% durante esse período.

A chegada de dois novos fabricantes no Brasil vai aumentar a capacidade de produção diária em 1.600 toneladas de vidro, entre 2013 e 2014, quando estão previstos para serem inaugurados os fornos da Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP) e da Asahi Glass Company (AGC), respectivamente.

Além disso, duas novas unidades da Cebrace também contribuirão para o aumento da capacidade de produção. O C5, que deve começar a funcionar ainda neste primeiro semestre, poderá produzir cerca de 900 toneladas de vidro por dia, e o C6, que deve entrar em operação em 2013, terá capacidade para produção de 800 toneladas diárias.

Mesmo com a queda na taxa de crescimento, a demanda de vidro no país será maior do que nos últimos anos, por esse motivo, os fabricantes estão investindo no aperfeiçoamento das linhas de produção. A Abividro calcula que o país tenha 45 mil vidraceiros, e que cerca de 300 distribuidores comprem vidro direto dos fabricantes. Entretanto, 50% do mercado ainda está concentrado nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Abividro divulga dados sobre o mercado de vidros no Brasil: para os próximos anos, a previsão é que o setor vidreiro acompanhe o PIB brasileiro

NOTA DO EDITOR

Talvez, devido a limitações técnicas de nossa parte, não conseguimos entender porque é divulgada a previsão de consumo e não a produção real do ano anterior. Nem como é feito esse cálculo.

Devido a isso, a Revista Tecnologia & Vidro calcula a produção de float nacional tendo como base o último relatório em que a Abividro divulgou a produção real, o de 2002, quando foram produzidas 877 mil toneladas.

Se aplicássemos o índice de crescimento global do setor, de 5% ao ano, os números seriam bem superiores, portanto, nos limitamos a aplicar o crescimento médio do PIB nesse período (3,2%, segundo o IBGE), ano a ano, sobre essa produção de 2002.

Procedendo assim teremos os seguintes números nos anos posteriores:

2003 – 905 mil toneladas
2004 – 934 mil toneladas
2005 – 964 mil toneladas
2006 – 995 mil toneladas
2007 – 1.026 mil toneladas
2008 – 1.058 mil toneladas
2009 – 1.091 mil toneladas

A partir daqui aplicamos os dados de crescimento divulgados pela Abividro, de 19% em 2010, totalizando 1.298 mil toneladas e, de 10% em 2011, totalizando 1.427 mil toneladas.

Essa produção, diga-se de passagem, é mais coerente com a intenção dos fabricantes de instalarem novas  linhas de produção no Brasil, pois esse número representa a capacidade de produção atual (de 1.650 mil toneladas) menos 13,5% referente às perdas normais durante o processo produtivo.

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