Teatro-escola tem o vidro como protagonista

Vidros insulados têm a função de isolar acusticamente, integrar o local com o bairro e aproveitar a iluminação natural

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Depois de 21 anos de operação em um galpão de 800 m2 na Vila Madalena, em São Paulo (SP), o Instituto Brincante foi obrigado a deixar a sua sede. Uma incorporadora está construindo um prédio no local onde o teatro-escola fez sua história.

Amparados por uma grande comoção popular, que contou com uma ciranda de 10 mil pessoas no Parque Ibirapuera e uma campanha de financiamento coletivo que levantou mais de R$ 100 mil, o casal de artistas Rosane Almeida e Antonio Nóbrega conseguiu angariar recursos para a construção de uma nova sede, no número 412 da mesma rua (Purpurina).

Além de contribuir financeiramente com o projeto, o Instituto Alana convidou o escritório Bernardes Arquitetura para se unir à causa e fazer o projeto do novo teatro. Outros parceiros importantes se juntaram ao time para tornar o sonho de um novo Brincante, possível: a Abividro – associação que representa as indústrias automáticas de vidro no País (fabricantes de float), doou 400 m² de vidros de conforto acústico e espelhos; e a Associação Novo Teatro de São Paulo cedeu todo o equipamento de luz e som.

Novo projeto

A nova sede ocupa uma área bastante reduzida em relação à anterior. Em um terreno de 320 m² e orçamento limitado, os arquitetos da Bernardes atenderam às necessidades de criar um auditório para cerca de 80 pessoas, sala de ensaios, espaço para armazenamento de instrumentos, figurinos e adereços, além de área administrativa e espaços de apoio.

O partido arquitetônico adotado privilegia a comunicação direta do edifício com a rua e o bairro que acolhe o Instituto por décadas, a Vila Madalena. No nível da rua, a transição entre espaço público e privado se dá por brises verticais de madeira, espaçados, que buscam convidar o olhar público à constante construção cultural do estabelecimento. O acesso acontece por uma pequena praça onde o público encontra a bilheteria, que pode funcionar também como bar e, ao lado direito do lote, o túnel de acesso ao palco do auditório.

O eixo principal de circulação acontece pela escada helicoidal situada na lateral esquerda do lote. Trata-se de uma conexão vertical externa que liga os três níveis: térreo, mezanino e pavimento superior.

O mezanino é, ao mesmo tempo, área de transição e permanência ligada ao auditório. Serve também como uma ampliação do foyer do térreo, permitindo um acesso direto ao nível superior da arquibancada e a uma passarela criada sobre a área do palco, com intenção de ampliar a capacidade do auditório, possibilitar intervenções artísticas em dois planos e conectar-se ao jardim que está na parte posterior do palco.

No último pavimento foram instalados sala de reuniões, escritório, copa, vestiário; além da sala multiuso, que é iluminada por um grande pano de vidro, parcialmente protegido pelo brise em madeira e pela esquadria da cobertura.

Papel dos vidros

O prédio precisaria ter bastante iluminação natural, conforto ambiental e umaimg10 eficiência acústica que pudesse isolar os 120 dB dos instrumentos de percussão que são utilizados em ensaios, aulas e espetáculos.

Além disso, a ideia era privilegiar a comunicação direta do edifício com a rua e o bairro, um processo de interação e de visões. Iluminação, comunicação com o exterior e isolamento acústico – tudo isso só poderia estar acomodado em um único projeto se o vidro fosse o protagonista.

O projeto envolve um planejamento acústico elaborado pela empresa Acústica & Sônica em parceria com a Atenuasom, que optou pela utilização de vidros insulados compostos por vidros laminados dotados de PVB acústico (Silence) nas espessuras de 10 e 12 mm e câmaras de ar com espessura de 50 mm aplicados em caixilhos especialmente desenvolvidos para garantir o conforto acústico para a vizinhança.

Para mais informações sobre vidros com desempenho acústico acesse:
www.vidros.inf.br/?s=isolamento

 

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