Tecnologia é aliada no controle de qualidade do vidro

TecnologiaSoftwares e produtos que evitam falhas humanas e identificam erros na produção estão presentes em diversas etapas do setor vidreiro.

As empresas de diferentes etapas da cadeia produtiva do setor vidreiro estão investindo em equipamentos que controlam a qualidade do vidro, a fim de garantir um produto mais eficaz para o consumidor final.

A preocupação já começa com as fabricantes de float, que possuem sistemas automáticos de inspeção óptica e física para garantir a uniformidade e transparência livre de distorção. A inspeção óptica detecta falhas na massa vítrea que impedem a visualização da imagem através do vidro. Já a inspeção física detecta falhas que prejudicam o processamento nas linhas de corte, lapidação, têmpera e laminação.

Fabricantes

JacareiAs fabricantes Cebrace, Guardian e Vivix possuem sistemas que detectam as falhas em tempo real durante a produção, permitindo alguns ajustes ao longo do processo, caso seja necessário. “A necessidade de melhoria é uma demanda do mercado, pois o vidro é um produto que está cada dia mais exposto quando usado em fachadas de prédios, ou em interiores, como espelhos”, explicam Luiz Miranda, gerente de qualidade da Guardian, e Cleber Silva, gerente de processos da zona quente da Guardian.

Nos últimos anos, a tecnologia de reprodução de imagem em alta definição mudou o rumo dos sistemas de inspeção, que agora detectam 100% dos defeitos em tempo real.  E, como explica Paulo César de Moura, gerente industrial da Vivix: “O processo produtivo tem apostado na automação de todas as etapas de tomada de decisão que impactam na qualidade final do produto, permitindo maior eficiência e ganho de escala produtiva”.

No que diz respeito à produção de vidro impressos, o presidente da UBV, Sergio Minerbo, explica que a diferença não está no processo de identificação de falhas, mas sim no tipo de falha que o mercado aceita ou não. “Nosso produto tem balizado o nível de qualidade do impresso”, conta Minerbo.

Transformadores

Estoque1Mas, além das fabricantes, outros setores da cadeia produtiva do setor vidreiro estão investindo no controle de qualidade do material. Uma temperadora carioca, por exemplo, que inaugura neste mês de dezembro uma unidade no Município de Pinheiral (RJ), passa a utilizar um forno da Tanglass dotado do sistema I-Look, composto por dezenas de leitores ótimos e por infravermelho, que fornecem dados e até mesmo sugerem ao operador qual a melhor configuração a ser utilizada para cada tipo e espessura.

Softwares

mgnet foto-anuncioEntre as empresas que oferecem softwares que ajudam na qualidade do produto final, estão a SoftSystem e a SystemGlass, que possuem programas para gestão de vidraçarias e têmperas, e soluções para e-commerce também.

Sandro Marques, gerente comercial da SystemGlass, explica que “os empresários procuram caminhos para aperfeiçoar seus produtos com maior controle, segurança nas informações e menos perdas. É natural que busquem ferramentas para aperfeiçoar seus processos, para que tenham diferenciais sobre os seus concorrentes”.

Além dos softwares, os empresários vidreiros ainda contam com vários equipamentos que auxiliam no controle de qualidade do vidro. Selecionamos a seguir alguns destes produtos:

Medição de Vidro

O Proliner é uma máquina portátil, de tecnologia holandesa, que é usada para medir vidros e vãos. O equipamento digitaliza os moldes de maneira rápida, e faz a medição de portas, janelas e escadas. O desenho fica na máquina, onde é possível fazer edições, se necessário, e depois é só salvá-lo em pendrive ou por um cabo intranet, e colocá-lo direto na máquina de corte ou no centro de usinagem. A novidade é da empresa Prodim, e pode ser usada por vidraceiros para fazer medição de 2D e 3D.

Sensor ótico para alvos transparentes

Os sensores óticos da Balluff detectam presença, formato, cor, distância e espessura, na detecção e contagem de peças. Os objetos transparentes (como o vidro) colocam os sensores óticos frente a desafios especiais. Isto se deve aos baixos coeficientes de absorção de luz, que exige uma elevada sensibilidade dos sensores. A precisão dos sensores óticos permite a detecção segura dos mais diferentes objetos transparentes nas indústrias de vidros planos, e asseguram que um objeto transparente (no caso o vidro) passou por ali, quer seja saindo da linha de produção, no momento do empilhamento, na hora da embalagem, assegurando esta “contagem”.

Detectando defeitos na Impressão

O STM 05 é indicado para fabricantes ou beneficiadores de vidros, principalmente para utilização como insumo para produção de vidros estruturais ou blindados. Trata-se de um equipamento de teste para placas de vidro de grandes dimensões, até 3,50 m x 2,5 m, para detecção de defeitos como riscos, inserções, bolhas e manchas.

Outro modelo é o SMT 06, indicado para utilização em linhas contínuas. O equipamento é capaz de detectar defeitos de impressão e riscos no vidro. Ele é instalado entre a impressora e o forno, e o grau de detecção de defeitos pode ser personalizado para cada cliente, podendo encontrar falhas de até 0,1 mm.

As máquinas são da empresa SMT, e podem ser usadas por transformadores de vidro durante o processo de beneficiamento.

Controlando a expedição de produtos e matérias-primas

A MG Net Tecnologia oferece soluções para diferentes etapas do setor vidreiro (vidraçaria, distribuidor ou têmpera). Um dos produtos da empresa é o MGNet Genesis, que fornece diversos pontos de controle para assegurar a qualidade dos produtos a serem produzidos e entregues.

Durante a análise dos pedidos a serem produzidos, todas as peças ganham um identificador único, que poderá ser rastreado em todo chão de fábrica, através da tecnologia inovadora de radiofrequência (CHIPs), além de garantir uma entrega sem erros, através do módulo de Logística, o qual possibilita segurança e rapidez no carregamento.

Além da rastreabilidade interna das peças dentro da fábrica, o sistema conta também com a rastreabilidade da matéria-prima, permitindo que seja identificado todos os dados do fornecedor, bem como número de nota fiscal e lote de origem de cada peça produzida na indústria.

 

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