Especial: Vidro laminado

Novas técnicas e tendências do mercado

01-34Se o vidro comum já é um dos materiais mais úteis para a construção civil e a indústria, quando aliado à técnica de laminação sua versatilidade é potencializada ainda mais. A receita é simples: duas [ou mais] chapas de vidro unidas por uma película plástica – esta forma uma lâmina resistente e elástica que dá propriedades especiais ao conjunto, que o vidro por si só não teria.

A principal vantagem do laminado com relação ao vidro comum é a segurança: o princípio fundamental da película plástica é segurar os estilhaços de vidro em caso de quebra. A mesma virtude evita que o vidro seja perfurável, prevenindo que objetos e pessoas transpassem aquela determinada área. Além dessa propriedade, o vidro laminado – em suas mais variadas combinações de tipos de películas e vidros – atende às exigências mais especiais de controle sonoro, controle de calor e radiação ultravioleta, fazendo com que hoje seja largamente usado em edificações que precisem suprir necessidades especiais de clima e consumo de energia, sendo assim um dos elementos principais na busca da sustentabilidade do projeto.

As formas mais comuns de produção de vidro laminado no Brasil são o Polivinil Butiral [PVB] e a resina. Mas de alguns anos para cá receberam a companhia do Etil Vinil Acetato (EVA), que agora está chegando com força no Brasil, destacando-se principalmente na área de decoração. Em qualquer um dos três processos é possível chegar aos resultados desejados, seja pela laminação simples ou mais elaboradas. O que muda são as características de cada material plástico que compõe a película que une as placas de vidro, além da capacidade de produção e custos de cada processo.

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Crescimento da demanda

Além da crescente procura por vidros comuns, os vidros beneficiados cada vez mais são especificados por arquitetos, designers de interiores e engenheiros, priorizando a qualidade da obra. Além de conter as características que o colocam como um grande aliado do objetivo de sustentabilidade de uma edificação, os preços das matérias-primas têm baixado, o que está se refletindo na procura pelo produto final.

“O [mercado do] vidro laminado, tanto com PVB quanto com resina, tem crescido vertiginosamente no Brasil por dois fatores: além de os preços praticados atualmente serem idênticos ao do mercado chinês, os vidros de segurança laminados passaram a ter a sua finalidade conhecida pelos especificadores”, declarou o diretor da Divinal Vidros, José Antônio Passi, demonstrando que o vidro laminado vai se estabelecer rapidamente no mercado como um artigo bem mais comum. E que vai precisar suprir uma demanda bem maior nesta próxima década.

Com o fortalecimento da economia e os maiores eventos esportivos do mundo acontecendo no Brasil durante esta década – Copa do Mundo e Olimpíadas –, as oportunidades de crescimento dos negócios não faltarão, mas há desafios a serem superados. O mercado de construção civil vai ser o mais movimentado e o vidro está no olho desse furacão. Fica a questão do quanto o setor vidreiro estará preparado para atender às exigências de qualidade do serviço e do material oferecido.

03-36O PVB já é um velho conhecido. Por isso, é uma aposta segura dos grandes laminadores, por sua grande capacidade de produção e qualidade final. Mas não atende a todas as especialidades. Como não podem competir em quantidade de produção, é nos nichos de mercado que o EVA e a resina querem se estabelecer.

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