VIDRO PODE PEGAR CARONA NO SUCESSO DAS PISCINAS

Vidraceiros e comerciantes de piscinas podem se unir para venderem mais ao mesmo cliente

Vidros são necessários para integrar ambientes internos com a área da piscina

Mais que simplesmente um artigo de luxo, a construção de uma piscina pode ser encarada como investimento. De acordo com o mercado imobiliário, ter uma piscina em casa pode valorizar o imóvel em até 25%. E como o vidro pode ser associado a piscinas e as piscinas ao vidro, esse mercado também pode ser interessante para as vidraçarias.

Diferentemente do vidro, a piscina é adquirida mais pela emoção que pela razão. Mas, ao contrário do que se poderia imaginar, esse é um aspecto favorável. Basta visitar a maioria das casas de campo ou de praia para verificar que o vendedor de piscinas teve mais êxito nas vendas que o vendedor da vidraçaria. Com uma calculadora na mão é possível verificar que o montante gasto na piscina supera em 50% ou até mais de 100% o investimento feito com o envidraçamento do local.

RELACIONAMENTO ESTREITO

O conforto para os vidraceiros é que o vidro está se encaixando cada vez mais aos ambientes das piscinas. A começar pela necessidade de integração entre o ambiente interno e o externo, pois quem adquire uma piscina pretende, entre outras coisas, que o “frescor” da imagem de uma piscina e a “umidade” proveniente de sua evaporação sejam apreciados. Nesse caso, grandes portas envidraçadas, com simples temperados ou com fechamentos minimalistas de alto padrão são ofertas interessantes que a vidraçaria pode fazer aos proprietários, ou aos construtores.

Mas essa associação piscina-vidro pode se estender a outros itens. Por isso, se você possui vidraçaria anote as possibilidades, monte um “kit vidro e piscina” e procure o revendedor de piscinas mais próximo a você.

BARREIRA ENVIDRAÇADA

E para evitar a queda de crianças na piscina ou limitar a utilização desse espaço, nada melhor que uma barreira envidraçada. Essa barreira pode ser montada com vidros temperados, pois se não for instalada rente à piscina, não será classificada como guarda-corpo. Entretanto, a utilização dessa barreira em temperados é questionada porque, em caso de quebra, pedaços de vidro podem cair dentro da água. Alguns vidraceiros argumentam que o ideal é a utilização de vidros laminados ou laminados de temperados. Assim, em caso de quebra do vidro, este se manterá preso ao caixilho.

Mas atenção, se o vidro for instalado rente à piscina no topo de um edifício, protegendo os frequentadores de queda, esse vidro deverá ser laminado e atender às exigências da norma técnica de guarda-corpos (NBR 14.718). Na verdade, a regra se aplica a alturas superiores a apenas 1 metro de altura.

DIVISOR DE ÁREAS QUENTES E FRIAS

Mais recentemente, vidros também estão sendo utilizados para separar áreas quentes e frias. Uma tendência é a construção de sauna à beira da piscina, com ligação direta com a piscina e acesso por baixo de uma parede e divisória de vidro. Na foto desta reportagem esse acesso recebeu ainda uma passarela de vidros laminados.

VENDAS NO VERÃO, TRABALHO NO INVERNO

Arquitetos e engenheiros recomendam: o inverno é o melhor período para a fabricação de piscinas. A razão dessa escolha está ligada ao baixo índice de chuvas – o que agiliza a construção, favorecendo a execução de obras de alvenaria. Além disso, os preços são mais baixos, devido à baixa procura neste período de frio e a obra geralmente fica pronta em tempo para que os clientes aproveitem os dias quentes do verão.

TENDÊNCIAS

Guarda-corpos instalados rentes a piscinas devem utilizar vidros laminados ou laminados de temperados

Assim como em várias outras áreas da construção, as piscinas seguem tendências. Uma delas é a do beiral infinito (ou borda infinita), processo no qual a água transpassa o beiral de limitação e é recolhido logo após através de construção apropriada dotada de bomba de água.

Outra tendência inquestionável, que tem sido adotada nos principais resorts mundiais são as piscinas com visores ou uma das bordas feitas de vidro. As “piscinas de vidro” permitem ao consumidor instalações em lugares inusitados, aproveitando melhor a topografa do terreno e deixando à vista partes da piscina que ficariam escondidas pelo fato da mesma estar inserida no terreno.

“Sem dúvida o valor agregado às piscinas com este acessório enobrece todo o conjunto da obra e tudo no entorno dela. Por si somente esta solução agrada a todos os usuários deste importante lazer residencial, sem falar nos benefícios práticos estendidos às clinicas de reabilitação e no retorno em clientes para hotéis, resorts, etc.”, comenta Cláudio Passi, diretor da paulistana Conlumi, que trabalha com visores para piscinas há 25 anos.

SISTEMAS DE MONTAGEM

Vidros podem dividir áreas quente e fria ou até mesmo compor a própria piscina

“Para que possamos projetar uma piscina em vidro, o cliente deve fornecer o projeto da área onde pretende anexar o vidro (para a nossa avaliação) e a base civil (após contratação), que receberá um ou mais vidros, sendo eles laterais ou pisos. Estão inclusos na proposta o detalhamento da civil, projeto executivo, materiais, execução, além de ART e cinco anos de garantia”, informa o Engenheiro Maurício Margaritelli, diretor da empresa T2G.

Angelo Arruda, diretor da Vidro Sistemas, também trabalha com piscinas envidraçadas há mais de uma década. Ele explica que costuma trabalhar em parceria com vidraçarias fazendo a especifcação, a fabricação e o acompanhamento da instalação. “A vidraçaria entra com a equipe local dando suporte”, completa.

UM POUCO MAIS SOBRE PISCINAS

É importante anotar algumas dicas para utilização de cores em pastilhas: “A piscina, diferente de outros ambientes, comporta grandes volumes de água e a água funciona como um espelho: reflete o que está à sua volta. Logo, o resultado final da piscina vai ser influenciado também pelo entorno de sua área. Em dias nublados, por exemplo, parece que a piscina apresenta menos intensidade na cor, mas, na verdade, ela está refletindo o céu que está turvo”, explica Natalia Carmona Souza, analista de Projetos e Marketing da Jatobá Pastilhas.

Outra dica de Natália é sobre a cor do rejunte das pastilhas de porcelanas: “A definição do material depende do gosto do cliente, não há uma regra ou padrão. O azul (mais tradicional) e, atualmente, o verde são os preferidos, mas, dependendo da intenção, pode-se optar por qualquer cor”, afirma Natalia. A analista sugere também que em piscinas mais claras (como a branca) oferecem impressão que reflete menos, pois conseguimos ver o seu fundo. Já as cores escuras refletem mais e formam um tipo de espelho d’agua, e o produto de alta mescla (proveniente da reação do esmalte na hora do processo de queima das peças) produz um visual mais diferenciado ao projeto. Ainda sobre pastilhas, a Jatobá tem uma coleção chamada “Piscina”, com os produtos mais vendidos para este segmento. No entanto, qualquer pastilha fabricada pela empresa pode ser aplicada em piscinas, com exceção daquelas em decalque (Quintas e Adriana Barra). T&V

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