POR QUE SE CONTRATA CONSULTORIAS EM FACHADAS E VIDROS?

Três cases ilustram a importância de uma consultoria especializada em fachadas ou em vidros

As grandes obras que incluem envidraçamento adequado ou uma estrutura que foge dos padrões convencionais contam com consultoria especializada em várias áreas. Isso porque com o desenvolvimento do mercado da construção, as empresas incorporadoras e as construtoras têm se cercado cada vez mais de consultores especialistas com a intenção de aumentar a qualidade dos seus produtos e serviços e reduzir os riscos de não atendimento normativo.

Ou seja, o crescimento da importância das normas técnicas no Brasil, tema que abordamos com mais detalhes em outra reportagem nesta mesma edição, tem gerado uma demanda por especialistas da terraplanagem à instalação final dos equipamentos contra raios – ou do sistema estrutural ao revestimento final.

Na questão do envidraçamento, a consultoria inclui os caixilhos, o sistema de montagem da fachada, a utilização dos silicones adequados e até a especificação correta dos vidros.

Para exemplificar a importância da figura do consultor, acompanhamos três atuações recentes da Paulo Duarte Consultores, que possui profissionais especializados tanto em fachadas quanto em vidros. As reportagens das páginas seguintes a esta demonstram como a participação da figura de um consultor é importante para se obter um resultado positivo. Os ganhos ao projeto, muitas vezes, chegam a pagar o custo de contratação logo no início de atividade do edifício, na forma de economia de tempo no cronograma ou no desempenho térmico e acústico do local, gerando economia de recursos.

A Paulo Duarte Consultores, que recebe o nome de seu fundador, é pioneira na consultoria em vidros e uma das primeiras a prestar consultoria em fachadas.

UMA CASA PARA OS ARQUITETOS

Projeto da nova sede para entidades de arquitetos e urbanistas em Brasília é definido através de concurso

Nova sede do CAU/BR e do IAB/DF está orçada em R$ 14 milhões.

A equipe do escritório São Paulo Arquitetos foia grande vencedora do Concurso Público de Arquitetura da Nova Sede do CAU/BR e do IAB/ DF, em Brasília. Segundo a comissão julgadora, o projeto de estudo preliminar destacou-se pela sua “imagem forte e austera”, com uma grande praça lateral de transição e convívio, e pela clareza na espacialização do programa. A equipe vencedora recebeu um prêmio de R$ 70 mil a título de premiação e remuneração pelos estudos preliminares.

Quando a obra for liberada, assinará ainda um contrato no valor de R$ 1,4 milhão para realizar o projeto executivo e complementar da obra.

Taís Cristina da Silva e Paulo Roberto Barbosa administram o São Paulo Arquitetos. Ela se formou na Universidade Mackenzie, em 2004; e ele pela Universidade Santa Cecília (Santos), em 2005. O escritório vai fazer cinco anos de existência neste início de 2018.

A nova sede do CAU/BR e do IAB/DF será localizada no Lote 21 da Quadra 603 do Setor de Grandes Áreas Sul (SGAS), em Brasília-DF, com acesso pela via L2 Sul. A área útil do edifício projetado deve ter até em 5.000 m², com mais até 2.500 m² de construção em subsolo destinado exclusivamente a estacionamentos, locais técnicos e prumadas de circulação vertical. A verba destinada para a obra é de R$ 14 milhões. Segundo a assessoria de imprensa do CAU/BR, a obra não foi iniciada ainda por questões técnicas, mas espera-se pela aprovação final para o início das obras ainda em 2018.

 

Consultoria em fachadas e vidros prestada pela Paulo Duarte Consultores foi essencial para a conquista do prêmio

 

A consultoria em fachadas e vidros prestada pela Paulo Duarte Consultores foi essencial para a conquista da São Paulo Arquitetos. Ela ajudou a resolver questões técnicas da estrutura e no detalhamento do vidro a ser utilizado, dirimindo qualquer dúvida que pudesse surgir por parte dos jurados quanto à viabilidade do projeto e também quanto à sua performance final nas questões térmica, acústica e de segurança contra infiltrações.

Viabilidade do projeto e seu desempenho térmico e acústico foram itens avaliados pelos jurados

SOLUÇÃO PRÁTICA E ESTÉTICA INCLUI MARQUISES COM VIDROS

Universidade paulistana adota marquises cobertas com laminados de temperados

O campus Santo Amaro, do Centro Universitário Senac, concluiu, no fim de 2017, a instalação de diversas marquises dotadas de vidros na cobertura. Trata-se de uma solução prática e estética, acompanhada por consultora técnica especializada em vidros. As marquises instaladas agradaram os usuários e estão cumprindo ao propósito para que foram instaladas.

O local dispõe de diversos edifícios acadêmicos e administrativos distribuídos em uma área de 154 mil m². Pensando no conforto de seus alunos e funcionários em dias de chuva, os administradores do Centro Universitário Senac optaram por construir marquises, facilitando o deslocamento entre os principais edifícios.

As marquises transparentes foram pensadas para serem elementos leves e que não destoassem do paisagismo do campus. “Nossa intenção era garantir uma integração com o ambiente, que conta com áreas arborizadas e oferecem a sensação de conforto”, explica o arquiteto Amilcar Campana Neto, responsável pela instalação. Ele acrescenta: “Imaginamos que a sensação da passagem nas marquises deveria lembrar um pergolado. Para isso, solicitamos aos consultores da Paulo Duarte Consultores que o detalhamento de fixação dos vidros não tivesse perfis metálicos”.

Por se tratar de cobertura, foi especificado o uso do vidro laminado, que também deveria ser temperado para permitir as furações para fixação com botões. A especificação foi o vidro laminado de temperado incolor, de composição 8 mm + PVB1, 52 mm + 8 mm.

Marquises foram construídas para abrigar funcionários e alunos em dias de chuva

Segundo Amilcar, a experiência e a prática dos consultores forneceu a segurança necessária para dimensionar as estruturas em forma de pergolado. A solução de utilização da fixação dos vidros horizontais em pontos deu a ideia de flutuação desejada na concepção.

A atuação dos consultores não parou por aí. A realização só foi possível com o cuidadoso trabalho de orientação e desenhos do consultor. O dimensionamento dos vidros, suas dimensões e características de desempenho (estudadas ponto a ponto da cobertura) demandam especialistas. Amilcar descreve alguns benefícios da consultoria em vidros: “A assessoria técnica na execução da obra torna indispensável o trabalho do consultor que, além de auxiliar na conquista de qualidade, assume a responsabilidade técnica do projeto”.

“A assessoria técnica na execução da obra torna indispensável o trabalho do consultor que, além de auxiliar na conquista de qualidade, assume a responsabilidade técnica do projeto”.

GINÁSIO VIRA ESPAÇO MULTIÚSO COM UTILIZAÇÃO DE ESTRUTURA E VIDROS ADEQUADOS

Criação de arena cultural e de esportes em colégio paulistano vira referência nacional

Quadras da cobertura foram cercadas com muros de vidro

Quando o tradicional Colégio São Luís, instalado em uma das áreas mais nobres da cidade de São Paulo, iniciou as obras de seu novo ginásio, estava realizando mais que uma simples reforma em sua área total de mais de 5 mil metros quadrados. O espaço havia sido meticulosamente planejado para alterar o cotidiano daquela entidade de ensino, proporcionando aos três mil alunos uma arena cultural e de esportes com padrão internacional. Para alcançar o resultado esperado, os arquitetos Alexandre Liba e Alberto Barbour, do escritório URDI Arquitetura, desenvolveram anos antes um plano diretor, que englobava a revitalização de todo o programa do colégio, cujo prédio existia desde os anos 40.

O novo ginásio seria a principal obra, com a função de reestruturar toda a área esportiva anexa ao ginásio, piscina, quadras e salas esportivas. Para se ter uma ideia do nível de planejamento, a Paulo Duarte Consultores, que assessorou o escritório nas especificações de todos os caixilhos e vidros, trabalhou durante dois anos inteiros nesse projeto.

A principal inovação em relação aos tradicionais ginásios de esportes era a flexibilidade de uso esportivo e cultural feito através de inúmeros mecanismoscênicos. E nele o vidro recuperava e atendia à principal solicitação dos pais dos alunos: trazer mais verde para o estabelecimento. Com o vidro, todas as árvores das ruas Luís Coelho e Haddock Lobo começaram a fazer parte do ginásio, da área de convivência e da piscina. “O vidro foi utilizado em duas coberturas, em muros, guarda corpos e até em algumas partes do piso”, conta Anderson Bueno, arquiteto e consultor da Paulo Duarte Consultores na parte de esquadrias.

Detalhe chanfrado da fachada exigiu um projeto personalizado

A estrutura metálica para sustentação dos vidros foi escolhida devido à agilidade de montagem. Por apresentar especificações térmicas, o vidro Low-e foi desenvolvido para o Ginásio do Colégio São Luís através de um estudo de insolação, que determinou a  ventilação cruzada  ao empregar chapas metálicas perfuradas de um lado e brises do outro.

O vidro Low-e foi aplicado em um sistema de duplo envidraçamento (vidro insulado) para obter maior performance térmica e permitir a entrada de luz natural abundante.

O conforto acústico do projeto, assunto importantíssimo quando se trata de uma edificação adepta aos eventos esportivos, apresentações teatrais e musicais, foi obtido com a aplicação dos vidros insulados aliados a outros materiais de absorção, eliminando-se o efeito comum dentro de ginásios que é a reverberação do som.

Vidros foram utilizados em coberturas, em todos os lados e até em algumas partes do piso

O resultado final da obra atingiu os objetivos propostos — principalmente o conceito multiuso, que teve como ponto forte uma arquibancada retrátil que flexibiliza o uso do espaço. Atualmente os alunos desfrutam de um espaço que flexibiliza entre o uso cultural, incluindo as festas tradicionais e o uso esportivo, que acrescentou, de quebra, um campo de futebol na cobertura do Ginásio, cercado por um muro de vidros laminados de temperados, adicionando um potencial construtivo enorme que o Colégio não possuía. T&V

Arquibancada retrátil garantiu a versatilidade do espaço

 

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