MONTAGEM DE GUARDA-CORPOS

ANCORAGEM

Na matéria técnica no número anterior da Revista Tecnologia & Vidro, ficamos de nos aprofundar no tema Ancoragem. Nesta edição iremos, portanto, discutir fundamentalmente esse tema, visto que é um assunto essencial para uma boa instalação, garantindo a segurança dos usuários.

Como na edição anterior, para discutir essa questão juntamos o mesmo time de especialistas em vidros e estruturas:

CARLOS ALDIRAN – arquiteto e gestor comercial da Hartbau, o mesmo que montou a Casa de Vidro em parceria com a Revista Tecnologia & Vidro. No seu currículo existem diversas obras de vidro e estruturas metálicas executadas.

RAIMUNDO CALIXTO – engenheiro, calculista, diretor da RCM Estruturas Metálicas, com diversas estruturas envidraçadas em seu currículo, coberturas de shoppings e fachadas, normalmente trazendo inovações do ponto de vista estrutural.

RIVÔNIO CORDEIRO – consultor de esquadrias, pesquisador e diretor da Refilar, com diversas obras executadas com vidros e esquadrias.

TIPOS E REAÇÕES
Para direcionar o assunto e dar aos vidraceiros a ciência desse tema, vamos separar da seguinte forma:
1 – Tipos de ancoragem: mecânica ou química
2 – Reações nas ancoragens: temos ciência que esse tema requer páginas e páginas com muitos pontos a serem aprofundados, mas estamos levando para o que mais é comum no mercado: uma fixação no concreto. E com esse ponto de partida iniciamos com dois tipos de ancoragem – mecânica e química. Sabemos e podemos discutir o material-base em outras matérias, como fixação em aço e em tijolos.

CONES DE TENSÃO

Com a imagem acima já mostramos o cone de tensão. Veja que existem estudos que mostram que o cone de tensão de uma ancoragem mecânica cria um cone maior que a ancoragem química, e esse é o primeiro ponto a ser levado em consideração na hora de uma instalação.
O cone de tensão é menor no chumbador químico, devido à razão do adesivo químico se distribuir por todo o furo, e a consequência é que a tensão fica também distribuída por todo o furo.
Sabemos que as instalações trazem ancoragens umas próximas às outras. E então, quando os cones ficam próximos, existe uma tendência muito forte do concreto rachar na interseção deles, visto que está sendo tensionado mais que a resistência calculada, conforme imagem a seguir.


A Distância “D” deve ser pensada de forma a evitar essa interseção dos cones de tensão (veja no exemplo acima). Quanto mais próximas as ancoragens, maior é a interseção dos cones de tensão, que representa uma região até um aumento da área de fragilidade.
A distância da borda “B” também é algo a ser considerado na hora dos projetos e instalações. Quanto mais próximo, maior o risco de quebra do concreto. Veja na imagem a seguir.

 

EMBUTIMENTO
Quando falamos de embutimento, é necessário pensar que: quanto mais profunda a ancoragem, maior o cone de tensão. Com o aumento do embutimento (AE), aumenta o cone (AC).


Ainda na tratativa de embutimento, é recomendado que seja calculado ou que assuma a tabela do fabricante como uma direção a ser cumprida. Contudo, é importante observar nas obras que o embutimento deve ser no mínimo 2/3 da espessura da laje, e 1/3 seja o mínimo até o fundo da laje. A própria norma sugere um embutimento de 10 cm.

 

CONCLUSÕES
Como é possível perceber pelos exemplos acima, existem diversas variáveis; daí, não dá simplesmente para assumir uma medida sem cálculo, e é essa proposta que a Revista Tecnologia & Vidro está divulgando. O cuidado que se deve ter é para que todas as etapas do trabalho das vidraçarias sejam amplamente estudadas. Sabemos tanto da importância desse tema, que dividimos em duas partes, para abrir para os leitores fazerem perguntas através do e mail elmopires@vidros.inf.br, para abordarmos na continuação dessa matéria no próximo número!
Sendo assim, abordaremos na parte 2 dessa matéria:
• Novidades nas ancoragens.
• Cálculo de espessura de parafuso.
• Dúvidas dos leitores.

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